A CRIANÇA E A EDUCAÇÃO INFANTIL

Este blog é o registro das atividades que irei realizar na caminhada do curso Linux Educacional.

12/09/2009

SEXUALIDADE: ONDE INICIA?

A sexualidade no ser humano, possui um longo desenvolvimento e tem seu início desde o nascimento. Trata-se de uma organização que vai se estruturando em todas as fases de desenvolvimento sexual atingindo a maturidade.
A educação sexual acontece primordialmente no contexto familiar, onde a criança está inserida. Muitos pais preferem nem tocar no assunto. Ouros estimulam ao máximo as crianças, achando engraçadinho vê-las com um, dois, três anos beijarem na boca, ao som de frenéticas risadinhas, ou indagações do tipo: “Quem é o seu namorado?” As meninas vestem micro saias ou micro shorts, os meninos são empurrados a desejar modelos (Feiticeira, Sheila Carvalho, Sheila Melo...).
A geração anterior era, muitas vezes punida e repreendida, caso quisesse saber alguma coisa a respeito da sexualidade. A atual é bombardeada pela estimulação precoce a erotização.
Quando se pensa em educação sexual na infância, automaticamente tem que se pensar em desenvolvimento emocional, isto é, tem que se levar em conta o nível de maturidade e as necessidades emocionais da criança.
É importante que as questões tenham espaço para serem colocadas e respondidas com clareza, simplicidade, na medida em que a curiosidade vai se dando.
Às vezes alguns pais querendo se livrar logo do assunto e na ansiedade disparam a falar além da necessidade, na tentativa, muitas vezes frustradas, de que nunca mais vão permear o assunto. Porém o ideal é responder somente o que a criança pergunta, de maneira simples, clara e objetiva, satisfazendo apenas a curiosidade que existe no momento.
A satisfação dessas curiosidades contribui para que o desejo de saber seja impulsionado ao longo da vida, enquanto a não satisfação ou o excesso de informações pode gerar ansiedade e tensão.
A sexualidade infantil é diferente da adulta, não contém os mesmos componentes e interesses. Vê-se com freqüência, adultos se dirigirem às crianças como se estivessem se dirigindo a adultos em miniaturas, perdendo de uma forma geral, a noção do que é pertinente a ela.
Os meios de comunicação freqüentemente apresentam um discurso padronizado e erotizante que, por vezes, reforça estigmas e exaltam experiências da vida, incompatíveis com a maioria das pessoas. As escolas não oferecem e nem primam pela qualidade das ações pedagógicas de orientação e prevenção.
Neste contexto, percebemos a importância de estudar, planejar e orientar sobre a sexualidade em conjunto com a família, pois está é a primeira e principal fonte de esclarecimento sobre o assunto, cabendo aos pais tomarem as iniciativas agindo conjuntamente com a escola.
A mesma, ao propiciar informações atualizadas e, ao explicar e debater diversos valores sobre a sexualidade e aos comportamentos sexuais existentes na sociedade, possibilita que o educando desenvolva atitudes coerentes com os valores que ele próprio elege com seu.
Com tudo isso, fica cada vez mais claro a necessidade de elaboração de propostas de intervenções pedagógicas de educação sexual como tema transversal, já previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

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