A CRIANÇA E A EDUCAÇÃO INFANTIL

Este blog é o registro das atividades que irei realizar na caminhada do curso Linux Educacional.

07/09/2009

INCLUSÃO

Nossas escolas vivem hoje uma crise de paradigmas em meio a inclusão, muitos educadores ainda não sabem como agir ao receberem os educandos com deficiência em suas salas de aula, como outros consideram que essa experiência não vai dar certo e muitos pais que acreditam que a inclusão vai ser um “atrapalho” na educação de seus filhos “normais”. Diante dessas indagações prevalecem educadores que ao sentirem-se desafiados a essa nova realidade estão se preparando para oferecer uma educação de qualidade para todos. Se a educação é direito de todos, nenhuma criança pode deixar de freqüentar o ensino regular como as outras e ter os mesmos meios de acessos ao ensino - aprendizagem que os demais.

Até então o processo era apenas como forma de “integração” do deficiente, onde era realizado de forma parcial, diferente do processo que está acontecendo hoje, o da “inclusão”, onde a inserção é total e incondicional. Diante dessa mudança de paradigma, da “integração” para “inclusão”, é preciso romper o atual sistema educacional que exclui, seleciona e classifica, não apenas os deficientes, mas os pobres, os negros, os índios e todos os que não tem outra fonte de conhecimentos ao não ser a escola. Cabe a escola promover condições para acolher este novo alunado, reorganizando o seu Projeto Político Pedagógico, modificando seus currículos, realizando uma avaliação baseada no que o aluno progrediu e não no que ele não sabe e principalmente, capacitando seus educadores em seus conhecimentos e práticas educativas. Sendo assim, será possível oferecer aos educandos condições e possibilidades de uma educação de qualidade numa perspectiva inclusiva para um saber/fazer, criativo, capaz de reinventar a história, numa nova direção para a inclusão: a realização do homem enquanto agente de transformação.

O indivíduo com deficiência, quando recebe uma educação de qualidade como os outros “sujeitos”, sendo estimulado, encorajado e aceito no âmbito social em que participa, tendo as mesmas oportunidades, certamente, consegue atingir resultados progressivos durante o processo ensino-aprendizagem. Sobre a inclusão a Declaração de Salamanca 1994 (apud Sassaki, 1999, p. 120) diz que:

“O princípio fundamental da escola inclusiva consiste em que todas as pessoas devem aprender juntos, não importam quais as dificuldades ou diferenças elas possam ter. Escolas inclusivas precisam reconhecer e responder as necessidades diversificadas de seus educandos, assegurando educação de qualidade para todos mediante currículos apropriados, mudanças organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com suas comunidades.”.

Também queremos mostrar que o papel do educador nesta nova perspectiva de ensino é criar e buscar novas metodologias de ensino, fazendo o que não se sabe fazer, mas, deixando-se ensinar através do estranho, do novo, do diferente. E através da educação, capacitar o portador de deficiência ao aprendizado, a sentir o mundo verdadeiramente como ele é. Só assim, romperemos com os paradigmas obsoletos; proporcionando a pessoa com deficiencia uma participação ativa no processo socio-político-histórico-cultural da sociedade vigente e futura. MANTOAN (2001, pág. 113) coloca que:

“Como primeira condição de estar no caminho de uma educação aberta às diferenças e de qualidade é estimular as escolas para que elaborem com autonomia e de forma participativa o seu projeto político-pedagógico, diagnosticando a demanda, ou seja, verificando a quantidade de alunos, onde estão na escola e por que alguns estão fora dela”.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial